Essa arte surge como provocação ao Grito do Ipiranga como dia oficial da independência. Quitéria esbofeteia Pedro, em várias possibilidades de diálogos afrontosos. Outra provocação é ao imperialismo midiático, a presença ostensiva de icnografia estadunidense nas redes sociais, que leva ao “sucesso” de memes, como o que foi usado como referência para a arte.
Começou como arte digital em rede social, depois começamos a colar em adesivo nas ruas até que ela foi adaptada para uma instalação no Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, em São Paulo, em exposição crítica sobre a memória que se construi da independência do Brasil.
Essa obra de autoria colaborativa conta com textos de Ladislau Titara (Hino ao Dois de Julho), Arthur de Salles (Hino ao Sr. do Bonfim), Cesar Miranda, Daniel Soto, Quitéria, Pedrinho da Bragança, no belo traço de Sofia Soto baseado no bat-tapa de Curt Swan. Ao postar criei um quadro com os balões em branco, e convidei os seguidores do @julhienses a enviar suas sugestões de diálogos, que depois foram incorporados na versão que fizemos para o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo.
Quando esse "tapa" foi convidado para compor a exposição coletiva "Outras Independências" em São Paulo, com curadoria de Vanicléia Santos, nos surgiu essa possibilidade de apresentar a ideia em grande formato, dentro de uma instituição consagrada, o que permite criar outra experiência com o público, como pode ser visto nas fotos.