Livro desenvolvido dentro da Coordenação de Informação, da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais do Governo do Estado da Bahia. Essa autarquia tem a importante função de difundir dados quantitativos primários sobre a demografia, economia, geografia e variados outros marcadores sociais, que retratam a realidade bahiana, permitindo avaliação de projetos desenvolvidos pelos governos e planejamento de novas políticas. De modo geral a SEI desenvolve publicações sobre dados bahianos com variados títulos, em edições periódicas de boletins, relatórios, índices e pesquisas, que seguem um projeto editorial sóbrio para funcionar tanto em versões digitais como impressas. Essa publicação é uma das poucas não seriadas da instituição e pensada para distribuição apenas digital, o que permitiu mais liberdade no desenvolvimento gráfico, possibilitando cores em todas as páginas, recursos interativos para facilitar a navegação dentro da publicação, além de integração com conteúdos extras, como entrevistas filmadas e publicadas no YouTube.
Um resumo do teor do livro em trechos selecionados da introdução:
“O Centro Antigo de Salvador (CAS), maior sítio patrimonial da América Latina, é o território da capital que resguarda referências e concede sentido de identidade aos moradores da capital. É também um dos principais atrativos deSalvador no mercado turístico nacional e internacional.” (pág.5)
“O mérito deste trabalho é manter atualizadas as informações sobre o Centro Antigo de Salvador, importante região que precisa ser reordenada e inserida à dinâmica da capital.” (pág.6)
“As ações governamentais destinadas à expansão de Salvador não incluíram o Centro Antigo, de igual maneira se comportaram os empresários dos ramos imobiliário, financeiro e comercial e, consequentemente, a oferta de infraestrutura urbana moderna. O deslocamento do aparato estatal para o Centro Administrativo da Bahia (CAB); a retirada da população pobre do Pelourinho e o consequente espraiamento dos problemas sociais no entorno (Saúde, Independência, Poeira, Mouraria, Gravatá); o pouco investimento em manutenção e infraestrutura destinada à mobilidade urbana; o baixo investimento e articulação para conservar e modernizar os equipamentos culturais, sobretudo aqueles destinados à memória, são exemplos a serem citados” (pág.6)
Esse livro foi pensado desde o princípio para uso em tela desktop (computador, notebook e tablets), o que determinou o grid, a malha gráfica e o tamanho das tipografias de corpo de texto, onde buscamos uma densidade de informação confortável para leitura em tela. A publicação traz muita informação técnica (dados primários quantitativos) como mapas e tabelas de referência, para uso em consultas de pesquisadores, cujo acesso foi facilitado através de diversos menus interativos, como no índice principal, no começo das seções com mais conteúdos e, sobretudo, linkado dentro dos textos iniciais que são análises qualitativas desses dados quantitativos feitas pelos técnicos da SEI.
O projeto permitia a inclusão de ilustrações editoriais autorais, o que foi feito para a capa e início dos capítulos.
Capa: Castro Alves e arquitetura antiga de Salvador.
Apêndices: Ideia de cargas, representando volumes e quantidades.
Mapas: representado por uma praia, o limite natural dos territórios.
Vulnerabilidade: o olho gordo espreitando um morador.
Perfil dos moradores: a estatua de um morador ilustre, Castro Alves.
PALETA: para o partido gráfico adotamos uma paleta de cores que remete ao Estado da Bahia, branco, vermelho terra e azul marinho.
FORMAS: O cenário histórico e cultural serviu de referência, o azul formou as texturas de paralelepípedo, janelas, esculturas e natureza; o vermelho compôs os telhados, folhas secas. As silhuetas foram trabalhados com formas geométricas simplificadas.
FICHA TÉCNICA: Organização e Coordenação Editorial: Carlota Gottschall | Autores: Carlota Gottschall, João Teixeira dos Santos, Gustavo Palmeira, André Dantas Cunha, Lenaldo Castro, Alex Telles | Elaboração dos Mapas: Gilma Brito da Silva (Conder/Informs) | Normalização: Eliana Marta Gomes Silva Sousa | Editoria-Geral: Elisabete Cristina Teixeira Barretto | Revisão: Christiana Fausto. | Editoria de Arte e Estilo: Ludmila Nagamatsu | Design Gráfico e Editoração: Daniel Soto | Produção de vídeo: Aline Cruz, Renata Santos, Ailton Sena.
Projeto editorial é a etapa de concepção visual e estrutural de uma publicação (como livros, revistas, catálogos, zines, etc.). Envolve pensar o formato, tipografia, cores, estrutura das páginas, hierarquia de informações, imagens, e o tom geral da comunicação visual. É onde se define a "cara" da publicação com base no conteúdo, público-alvo e objetivos.
A diagramação, no projeto editorial, é a execução prática desse projeto: a partir do manuscrito original, distribuir textos e imagens nas páginas, aplicar a grid (malha gráfica), ajustar margens, espaçamentos, estilos de texto e garantir que tudo esteja legível, funcional e esteticamente coerente.